12 de Março: Dia Mundial do Glaucoma
Lembrada no dia 12 de março, a doença atinge cerca de 2% da população brasileira, que na maioria das vezes, não sabe que possui o glaucoma.
O glaucoma é a maior causa de cegueira irreversível no mundo. Dados da Sociedade Brasileira de Glaucoma revelam que 2% da população apresentam a doença sem saber, o que já é considerado uma estimativa de risco na área oftalmológica. Embora não tenha cura, o glaucoma pode ser controlado se diagnosticado em etapa inicial.
“A característica principal da doença é a evolução lenta e constante. O que cada vez mais se recomenda é o controle, a observação do nervo óptico, do campo visual e a avaliação de história familiar”, alerta o oftalmologista Marco Canto, diretor da Clínica Canto.
Por essas razões é essencial fazer exames oculares regularmente. Algumas vezes o glaucoma pode ter sintomas como dor, fotofobia (sensibilidade à luz), diminuição visual rápida, pupilas que não reagem à luz, halos coloridos ao redor da luz, olho vermelho, lacrimejamento, dor de cabeça, náuseas e vômitos.
“Entretanto, esses sintomas podem ser indicativos de outras doenças, por isso é importante fazer a averiguação”, afirma Marco Canto.
O oftalmologista explica que o olho normalmente produz um líquido claro que é drenado através de pequenas aberturas microscópicas ao redor da íris (parte colorida do olho). Por várias razões, essas aberturas podem fechar e então a pressão aumenta dentro do olho.
“A elevada pressão intraocular pode danificar o nervo óptico (o que transmite impulsos nervosos do olho para o cérebro). Se o nervo óptico for danificado, a ponto de conseguirmos medir essa perda de visão, essa condição é chamada glaucoma”, explica o oftalmologista.
Cegueira
A perda de visão no glaucoma crônico simples (mais comumente encontrado) é progressiva, difícil de perceber, pois inicialmente ocorre um dano periférico da visão – que compromete as tarefas rotineiras como andar, comer e vestir-se. Quando essa perda ocorre de forma abrupta é chamada de glaucoma agudo – problema causado pela obstrução total da drenagem dos líquidos intraoculares de ângulo fechado, que pode ter mais de uma causa.
Qualquer perda da visão pelo glaucoma é permanente, por isso exames preventivos são fundamentais. Hoje, os oftalmologistas diagnosticam o glaucoma de várias maneiras.
“Nós medimos a pressão do olho e também examinamos o nervo óptico, além de realizarmos um exame de campo visual para medir a visão periférica do paciente”, detalha o oftalmologista.
O glaucoma diagnosticado precocemente pode ser controlado com o uso contínuo de medicamentos ou por meio de tratamento cirúrgico a laser ou cirurgia convencional. Entretanto, salienta Dr. Canto, mesmo após procedimentos cirúrgicos deve-se manter o uso de medicamentos.
“Os exames deverão continuar sendo periódicos para que o oftalmologista tenha certeza de que a doença está sob controle, a perda da visão poderá ocorrer mesmo com pressão ocular baixa, sendo necessário adequar o tratamento”, explica.
Fonte: Jornow